quarta-feira, 7 de julho de 2010

Direito, a maoir das mentiras...

Todos os anos, milhares de estudantes brasileiros se destroem em provas pontiagudas como Os vestibulares federais e o Enem na tentativa de ingressar na tradicionalíssima faculdade de direito.
A grande maioria não tem intenção real de seguir uma carreira relacionada ao sistema judiciário em , preferindo se embrenhar nas brechas dos concursos públicos ou algo do tipo (como eu... 8D... com meu direito internacional, almejando a diplomacia...).
Porém, ainda resistem alguns que insistem em desejar profissões mais salgadas: juízes, promotores... e... ah, sim... advogados!
Meu Deus, eu nunca entendi esses doidos. por uma série de motivos:
Primeiro motivo) Tenho um amigo que já faz direito a algum tempo. Ele teve a bondade de me informar que, quando se estuda introdução à ciência do direito (não sei se o fato está correto, nunca fiz a matéria, se algum hippercrônico souber a versão verdadeira, por favor me perdoe...), você aprende que os sistemas judiciários em geral são montados para serem justos em 70% dos casos, aproximadamente justos em 15% e INJUSTOS em 5% dos casos! A explicação para isso seria que não se pode abranger todos os casos e que, em certas situações, o sistema vai lesar o cidadão honesto.
Kct! Quer dizer que depositamos nossa confiança em uma constituição que garante que cinco entre cem pessoas serão injustiçadas! Como assim?!
Em fim...
Segundo motivo) Será que alguém já pensou em uma lógica simples sobre a advocacia? Bom, se em um julgamento um lado ganha a causa e o outro perde, é de se esperar que, fora os casos em que existe acordo entre os dois lados, cada advogado possua partes relativamente iguais de ganhos e perdas, pois se acreditarmos na justiça (hshshshs) podemos ver que o lado certo vai vencer e o errado vai perder, e cada advogado teria, em partes relativamente iguais, de clientes corretos e errados. E isso é justo, pois até quando o o cliente está errado, a defesa serve para não sejam dadas penas excessivamente pesadas.
Logo, a menos que o advogado seja muuuuuiiiito bom (do tipo um em cem) ou que ganhe suas causas de maneira... bem... ilícita, não deveria haver muitos advogados com muito mais causas ganhas do que perdidas.
Porém, o que isso propicia? Que o advogado desoneto, aquele que por meios ilícitos consegue fazer ganhar até o cliente criminoso, tenha mais causas ganhas do que o advogado comum e honesto. E o ignorante leigo contratante não analisa as perdas, apenas vê qual advogado tem mais causas ganhas.
Percebeu o quadro? Cada vez mais, os advogados desonestos vão subindo e os honestos comuns vão falindo! Sistema de merda!
E mais, as famílias ricas de advogados normalmente vão criando firmas que são passadas de pai para filho. E como normalmente filho de corrupto, corruptozinho é, temos aí um circulo vicioso, caros hippercrônicos!
Terceiro motivo) O cara que quer ser um juiz honesto vai dançar, negada! Como o sistema já se encontra afundado até o pescoço na maracutáia, o pescoço que roda é o de quem está fora dela!

Kra, se vc está fazendo direito e pretende ser um advogado ou juiz honesto, meus parabéns, vc é muito macho!

Um comentário:

  1. Você já assistiu o filme "gladiador"? Já ouviu falar das guerras tribais que acontecem, hoje, na África? Pois bem, são realidades onde não existe sistema jurídico. A injustiça ocorre em 100% dos casos. Quanto a defender o cliente criminoso, bem, se ele não tiver quem o defenda não pode ser julgado e, consequentemente, não pode ser condenado! O sistema jurídico não é tão ruim, acontece que o juiz não aplica as penas que ele quer a quem ele acha que merece, ele aplica as penas previstas na lei aos que incorreram nos crimes previstos na lei. Um exemplo: Em muitos países o aborto não é crime, logo, se em um país desses, um indivíduo mata um bebê no ventre da mãe com o consentimento desta, o juiz não pode condená-lo! pois o juiz não pode legislar, ou estaria usurpando a função dos legisladores, que são os nossos amados deputados e senadores... Ou melhor, No Brasil, o Executivo também legisla.

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