quarta-feira, 23 de junho de 2010

Carpe Diem!!!

Eu sei o que você está pensando: "Carpe diem? Que coisa batida! Desde 'A sociedade dos Poetas Mortos' todo imbecil fala Carpe diem, e que adora Carpe diem, e põe Carpe diem no Orkut, e... e o cacete!"
Eu mesmo pensaria assim se visse qualquer outro tentando escrever sobra o assunto. Mas não seja precipitado ao pensar dessa forma ao ler esta postagem, pois existe uma razão para que eu me arrisque tanto.
Originalmente, a expressão era usada por poetas arcades e significava (bem, o significado literal você obviamente conhece... É "aproveite o dia"... caso isso seja novidade pre você e sua idade ultrapasse os quatorze... morra!) fazer seu dia valer a pena, como bem disse Robin Willians. Significava dizer que a pessoa devia fazer com que cada dia possuísse algo novo e extraordinário, pois a vida é curta.
Essa concepção nunca teve grandes significados na minha vida.
Mas hoje eu aprendi uma concepção inusitada de Carpe diem. E, para lhe explicar, eu preciso te mostrar como foi meu dia:
Acordei mais sedo do que o normal, desci as escadas e pode acompanhar uma de minhas irmãs no café da manhã, coisa que tenho tido pouquíssimas chance de fazer. Conversei com minha outra irmã e fui a missa da manhã com ela e minha mãe. Lá, tive uma conversa muito louca com um sujeito fantástico: Deus! Mas o cerne da conversa foi, basicamente, Carpe diem!
Depois disso, tirei um peso dos ombro falando com Deus, de novo, mas dessa vez na figura do padre Jacó... Que senhor simpático Deus me pareceu... Caminhei até em casa e tomei meu café da manhã de verdade, na companhia de minha terceira irmã... É tenho um monte de irmãos e irmãs... Eu reparei uma coisa incrível: minha irmã é a criança mais doce do planeta. Tive vontade de cantar do nada. E cantei.
Mais tarde, concertei a bicicleta do meu irmão, coisa que, não faço idéia do porque, adorei fazer. Fui de bicicleta para a autoescola. Você já percebeu como é maravilhoso o vento batendo no rosto da gente quando andamos rápido de bicicleta? Fiz minha aula e voltei pra casa para cumprir as minhas tarefas do dia. Uma tarefinha simples: Limpar a laje da minha casa. Sabe aquela parte imunda que fica entre a casa e as telhas do telhado, que junta ninho de pomba e o escambau? Então, essa mesma.
Cheguei e comecei a tirar as telhas do telhado. Eu não sou um cara pequeno, mas aquelas telhas eram realmente pesadas. Passei o almoço no teto! Como não tinha comida que pudesse ser levada até mim, meu irmão comprou Coca-Cola (meu vício!) e me fez sanduíches. Eu acho que nunca disse a ele, mas ele é um menino legal...
Trabalhei que nem um cachorro... mas eu estava feliz. Vai entender? Gostei de trabalhar.
No meio do trabalho, fui fazer compras com a moça que trabalha aqui em casa. Fizemos piadas juntos. Ela me criou desde menino e eu nunca percebi como ela é engraçada. Dancei no meio da loja de departamentos, só porque a musica que estava tocando tinha um rítimo legal. Comprei telha pra tapar o buraco do telhado.
Tive que cortar quatro vezes o pedaço de madeira que eu precisava pra concertar a entrada da laje e comecei a fazer piadas sobre mim mesmo, para mim mesmo. E das piadas!
Trabalhei mais! Achei inebriante a sensação de tirar a última tenha. Kct, eu nunca vi um lugar tão sujo quanto aquele. Comecei a limpar. O namorado da minha irmã veio me ajudar e ficou horas ajudando! Tivemos que inventar uma cinco ideias doidas pra tirar um ninho abandonado de um canto do telhado! E acabamos destruindo o escovão de privada na tentativa... Ops... Eu tive que pegar vinte anos de caca de pombo e sujeira na mão durante essa brincadeira. Descobri que meu cunhado é um bom cunhado.
Já era noite quando meu irmão e minha mãe se juntaram a luta! Tivemos idéias doidas e fantásticas sobre construir um quarto secreto no telhado.
Comemos pizza. Eu adoro pizza!
Acabamos o serviço as dez da noite, sendo que eu comecei antes do meio dia. A sensação de trabalho concluído me agradou. Eu descobri que o meu telhado sem as telhas é demais. Tive vontade de ficar lá a noite toda olhando para o céu. Decí e entrei no banho de roupa e tudo... pareceu divertido na hora.
Decidi escrever sobre Carpe diem no fim desse dia.
O que posso dizer sobre o meu dia?
Que existe um Deus. E, no dia de hoje, ele me carregou nos ombros.
Hoje eu não voei de asa-delta. Hoje eu não encontrei a garota dos meus sonhos. Hoje eu nem se quer procurei algo sobrenatural ou emocionante. Hoje eu trabalhei que nem um jegue! Hoje eu aproveitei cada instante, cada respiração. Hoje eu me sinto fantástico.
O que posso dizer pra você, caro hippercrônico?
Não peça ao seu dia para te dar coisas memoráveis, mas aproveite em plenitude cada coisa memorável que ele te oferecer.
O que eu posso dizer pra você?
Carpe diem! ;P

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